domingo, 28 de agosto de 2011

Com um a mais, Santos não passa do empate no Clássico dos golaços

Neymar e Piris reeditaram encontros da Libertadores
desse ano - Foto: Reinaldo Marques/Terra
Quando Carlinhos Paraíba foi expulso logo aos 27 minutos do primeiro tempo, a vitória santista parecia certa. Afinal, o Santos atacava mais e o São Paulo se resumia a contra-ataques. Tanto que, oito minutos mais tarde, Muricy sacou o volante Adriano para colocar em campo o meia Felipe Anderson. Mas o técnico não contava com a velocidade e habilidade do jovem Lucas. Em sua estreia no campo do Rei do futebol, o meia tricolor fez um gol que teria a assinatura do eterno camisa 10 santista. Para sorte do Santos, Ganso, seu atual camisa 10, com um belo chute de fora área, encerrou seu jejum de gols e empatou a partida aos 35 minutos da etapa final.

Com o ponto ganho, o Peixe estacionou na 14ª posição com 22 pontos. Já o São Paulo, que esteve muito perto de empatar em número de pontos com o líder Corinthians, voltou ao terceiro lugar, agora, com 35 pontos. Na próxima quarta-feira, às 21h50, ambas equipes retornam a campo pela primeira rodada do segundo turno. Enquanto o Santos viaja até Porto Alegre para enfrentar o Internacional, o São Paulo recebe em casa o Fluminense.

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Primeiro tempo com dribles, expulsão, substituição e golaço

Com Neymar de um lado e Lucas do outro, o desafio parecia ser o de quem driblava mais. No entanto, a jóia santista abusava da falta de objetividade. Driblava Piris para em seguida ser desarmado pelo mesmo. Limpava dois jogadores e errava o passe. Já a jóia tricolor estava apagado. Isolado no meio dos atletas santistas, buscava suas arrancadas mas também não obtinha sucesso.

Logo aos 2 minutos, falta sofrida por Danilo na entrada da área. E sem Elano, Neymar foi novamente o encarregado pelas cobranças de bola parada. Mas o camisa 11 mostrou que ainda precisa treinar mais. No primeiro, e melhor, chute a gol do primeiro tempo, Rogério Ceni espalmou para escanteio.

E o começo, apesar de avassalador para o time da casa, resultou em poucas chances de gols. Abusando do preciosismo na hora do último toque, a equipe irritava os quase 13.000 presentes ao estádio. Tanto que as finalizações foram, em sua maioria, chutes fracos de fora da área.

Ao menos tamanha firula resultou em cartões. Foram 3 para o time tricolor, só no primeiro tempo, sendo dois para Carlinhos Paraíba que, aos 27 minutos do primeiro tempo, deixou a equipe com um homem a menos.

Com mais espaço em campo, Muricy apostou na ofensividade ao colocar Felipe Anderson no lugar do amarelado Adriano. Mas a substituição não deu o resultado esperado. Nervoso, o jovem santista errava passes e perdia bolas. E para piorar, aos 45 minutos, o São Paulo abriu o placar.

Lucas recebeu a bola ainda no meio de campo. Marcado por Durval, o jogador tricolor limpou o zagueiro e, na corrida, aplicou a meia lua em Edu Dracena que chegava na cobertura. Da entrada da área, um chute cruzado que ainda bateu em Rafael e Pará antes de morrer no fundo das redes.

Ganso evita o pior e empate sai no lucro

Com um jogador a menos e na frente no placar, a postura do São Paulo não poderia ser outra - Fechado e buscando o contra-ataque. Já o Santos, novamente na base das tabelas e jogadas individuais, abusava dos erros de finalização. Logo aos dois minutos, tabela de Ganso e Léo com chute para fora do lateral. Aos 12 minutos, nova falta da entrada da área e novamente Neymar desperdiça boa chance. Aos 21 minutos, Felipe Anderson arricou de longe e a bola passou perto da trave direita da meta sãopaulina.

E tamanha falta de pontaria quase foi punida com o segundo gol tricolor. Na base do contra-ataque, primeiro Wellington, e depois Dagoberto, só não marcaram porque Rafael fez duas ótimas defesas.

A essa altura, o Santos já contava com três atacantes em campo (Alan Kardec substitui Pará) e mesmo assim não levava perigo a Rogério Ceni. Neymar, em outra cobrança de falta, acertou a barreira. Borges, de frente para o gol, cabeceou em cima do camisa 01. E quando a bola parecia que não entraria, aos 35 minutos  do segundo tempo, Ganso, de fora da área, acertou o ângulo de Rogério desempatando a partida com um chute de trivela. Primeiro gol do camisa 10 no Brasileirão, quebrando um jejum que perdurava desde as semifinais do Paulistão quando, também em chute de fora da área, o jogador selou a vitória por 2 a 0 sobre o mesmo São Paulo.

Gol que animou torcida, time e Neymar que aproveitou os últimos minutos para, novamente, driblar Piris e perder a bola. No fim, empate com sabor de vitória para o time que com um a mais não soube finalizar mas soube firular.

FICHA TÉCNICA:


SANTOS 1 X 1 SÃO PAULO

Estádio: Vila Belmiro, em Santos (SP)

Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)

Auxiliares: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Marcio Luiz Augusto (SP)
Renda e público: 12.498 pagantes / R$ 301.515,00


SANTOS: Rafael, Pará (Alan Kardec, 25'/2ºT), Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano (Felipe Anderson, 36'/1ºT), Henrique, Danilo e Ganso; Neymar e Borges. Técnico: Muricy Ramalho
SÃO PAULO: Rogério Ceni, Piris, João Filipe, Rhodolfo e Juan; Wellington, Carlinhos Paraíba, Casemiro (Jean, 31'/2ºT) e Cícero ; Lucas (Rivaldo, 42'/2ºT) e Dagoberto (Henrique, 17'/2ºT). Técnico: Adilson Batista.

Cartões amarelos: Adriano e Pará (SAN); Piris e João Filipe (SPO)

Cartões vermelhos: Carlinhos Paraíba, 27'/1ºT (SPO)

Gols: Lucas, 45'/1ºT (0-1); Ganso, 35'/2ºT (1-1)

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