domingo, 31 de julho de 2011

Atlético PR - O Centro de Reabilitação santista

Wesley, Maikon Leite e Madson - Jogadores com boas passagens por ambos clubes
Na última década, a rivalidade entre Santos e Atlético-PR aumentou bastante. No Brasileirão 2004, ultrapassagem santista na penúltima rodada e título com apenas três pontos de vantagem sobre o Atlético. O troco veio na Libertadores do ano seguinte quando, com duas vitórias, o Furacão eliminou o Peixe nas quartas-de-final.

Entretanto, a disputa entre os clubes ficou restrita aos gramados. Fora deles, uma prática que ocorre desde 2009 vem trazendo benefícios para ambas equipes. O empréstimo de jogadores santistas para a equipe paranaense e posterior retorno dos atletas ao time paulista.

O primeiro caso foi do meio campista Wesley, atualmente no Werder Bremen-ALE. Atacante da base santista e apontado como "sucessor" de Robinho, subiu ao profissional em 2007. Entretanto, jamais conseguiu comprovar sua fama de artilheiro marcando apenas um gol em 47 jogos entre 2007 e 2008.

Sem chances na equipe santista, foi emprestado por um ano ao Atlético-PR em 2009. E sob o comando de Geninho, o atleta se redescobriu como meio campista. Jogando ora como volante, ora como ala-direito, Wesley conquistou o Campeonato Paranaense e foi um dos destaques da equipe no Brasileirão com dois gols marcados. Ao final daquele ano a equipe paranaense tentou adquirir o jogador mas a falta de acerto resultou no retorno do atleta à Vila Belmiro.

De volta ao time santista, Wesley superou a desconfiança do torcedor e caiu nas graças do técnico Dorival Júnior. Atuando como volante ou lateral direito, Wesley era o coringa da equipe. Na marcação, no ataque e na armação, se notabilizou pelos chutes de longa distância. Foram mais nove gols com a camisa santista e os títulos Paulista e da Copa do Brasil. Em agosto de 2010 foi vendido ao Werder Bremen por 10 milhões de euros (22,6 milhões de reais).

No mesmo ano, Maikon Leite retornava ao Santos após duas cirurgias no joelho e muitas incertezas acerca de sua carreira. Reserva de Neymar, entrou em alguns jogos do Paulistão marcando apenas um gol. Ao final do primeiro semestre, a diretoria optou por emprestá-lo por seis meses ao Atlético-PR, na esperança de que o atleta adquirisse uma sequência de jogos.

No clube paranaense foram quatro gols no Brasileirão 2010 que ajudaram o Atlético-PR a sair da zona de rebaixamento para a quase classificação à Libertadores 2011 (acabou o campeonato em quinto lugar).

Retornou ao Santos valorizado. Em janeiro desse ano assinou pré-contrato milionário com o Palmeiras. E mesmo com apenas mais seis meses no clube santista, foi um dos destaques do título Paulista com sete gols.

Em 2011, o emprestado da vez é o meio campista Madson. No Santos desde 2009, o Baixinho teve início meteórico no time da baixada. Carismático, rapidamente caiu nas graças do torcedor no Paulistão daquele ano. Com quatro gols, foi um dos destaques do time vice-campeão.

Em 2010, com o crescimento de Neymar e Ganso, foi relegado ao banco de reservas. Mesmo assim, era bastante utilizado pelo técnico Dorival Júnior marcando mais seis gols entre Paulistão e Copa do Brasil. Contudo, problemas disciplinares e insatisfação com a reserva, acabaram diminuindo o espaço do atleta no clube.

No começo desse ano foi emprestado ao Atlético-PR. No time paranaense, foi vice-campeão estadual e é até agora, um dos poucos destaques da equipe nesse Brasileirão. Com dois gols marcados no campeonato brasileiro, o Baixinho, que não pode enfrentar o Santos, é só elogios a sua ex-equipe. "O Santos é o melhor time do Brasil com jogadores da Seleção Brasileira".

Seu empréstimo com o clube paranaense vai até o final desse ano. Se for bem, pode retornar ao alvi-negro no ano do centenário santista (seu contrato com o Santos vai até o final de 2012). E ao Atlético caberá quem sabe, na próxima temporada, recuperar outro atleta. Candidatos não faltam.

Um comentário:

Mauricio disse...

Boa pauta