domingo, 31 de julho de 2011

Com novo apagão, Santos perde nos acréscimos

Ibson e Cléber Santana brigam pela bola - Foto: Agência Estado
Jogando mais uma vez com o time considerado ideal pelo técnico Muricy Ramalho, o Santos perdeu para o Atlético-PR por 3 a 2. O gramado encharcado da Arena da Baixada dificultou o bom futebol da partida, só decidida nos acréscimos do segundo tempo, quando Marcinho fez o terceiro gol atleticano.


Neymar, Ganso e Elano, que estrearam no Brasileiro na última rodada, perdem assim a segunda partida seguida do Peixe, que com três partidas a menos, é o 17º colocado, com 11 pontos. O Atlético-PR consegue sua segunda vitória e deixa a lanterna do Campeonato Brasileiro, ocupando agora a 19º colocação com 8 pontos.
 Na próxima rodada, o Peixe vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Vasco, na quarta-feira. Um dia depois, o Atlético-PR pega o Atlético-GO, na casa do adversário.


CONFIRA AQUI A CLASSIFICAÇÃO DO BRASILEIRÃO 2011

Apagão santista

O Santos entrou em campo com a mesma formação que foi derrotado pelo Flamengo na última rodada. Com Arouca, Ibson, Elano e Ganso, o meio de campo provou que ainda precisa se entrosar para dar à devida proteção a zaga. Logo com 4 minutos de jogo, Cléber Santana abriu o placar para o Atlético-PR. Edu Dracena tentou sair jogando e a bola parou na poça d’água, o ex-santista, que parecia estar com ‘pneus de chuva’, se livrou de Ibson e Pará antes de chutar na saída do goleiro Rafael e marcar um belo gol.


Os paranaenses pareciam se adequar melhor ao gramado encharcado e continuaram pressionando o Santos. Quatro minutos depois, Marcinho cobrou escanteio e o zagueiro Manoel, retornando de contusão, subiu sozinho fuzilando o goleiro Rafael que nada pode fazer. 2 a 0.

A torcida paranaense parece não ter digerido o pênalti perdido por Elano na Copa América e vaiou o meia santista durante toda a partida. Ganso não se encontrava na partida, então sobrou para Neymar tentar, de novo, resolver para o Santos. Aos 12, o camisa 11 pegou a sobra do escanteio, com um drible tirou dois marcadores e de fora da área chutou de pé esquerdo indefensável para o goleiro Renan Rocha.


O Atlético-PR se encolheu e apostava nos contra-ataques para aumentar o placar. Aproveitando-se da situação, o Santos tomou conta do jogo, mas com o gramado encharcado, principalmente próximo a meia-lua da grande área, os santistas tinham dificuldades de fazer a bola correr. O único que parecia habituado com o campo era Ibson, que sofria com a dura marcação dos paranaenses. Em uma dessas faltas sofridas pelo novo reforço santista, Elano colocou no ângulo direito, exigindo grande esforço de Renan Rocha, que dessa vez colocou para escanteio.
Borges se movimentava na frente e dava trabalho para os zagueiros atleticanos, mas não conseguia completar o trabalho de pivô para servir os companheiros. Em outra bola parada o Santos teve a última chance do primeiro tempo, mas Elano preferiu cruzar ao invés de bater no gol.

Santos empata, poça d’água vira casaca e gol nos acréscimos


O Atlético-PR voltou para segundo tempo tentando fazer valer seu mando de campo, mas não conseguia criar oportunidades para aumentar o placar. Aos 16 minutos, o técnico Renato Gaúcho, que não pôde contar com Madson, uma vez que ele é jogador do Santos e o contrato não permite, tirou o meia Branquinho e colocou o atacante Rodriguinho. Mas foi o Santos que marcou.
Um minuto depois da substituição, Pará fez boa tabela com Neymar, avançou pela direita e encontrou Borges na área. De costas para gol e com Manoel na marcação, o centroavante dominou com a direita e num rápido giro chutou de perna esquerda para marcar o seu sétimo gol em oito partidas com a camisa do Santos. Era o empate do time da Vila Belmiro, 2 a 2.


E se no primeiro tempo a poça d’água traiu Edu Dracena, desta vez foi a hora dela atrapalhar a vida dos paranaenses. Ganso, sumido na partida, aproveitou a desatenção de Fabrício e chutou para a defesa de Renan Rocha. No rebote, Neymar acertou o travessão.


Com 2 a 2 no placar, o jogo ficou aberto com as duas equipes tentando o gol. Apesar das tentativas, Rafael e Renan Rocha não trabalhavam para evitar os gols.


Aos 46, quando parecia que o jogo ia acabar com um empate, Wagner Diniz, que acabara de entrar e era vaiado pela torcida atleticana, fez boa jogada e cruzou para Edigar Junio, que com leve desvio encontrou Marcinho. Livre na pequena área, ele mergulhou de peixinho para mandar para o fundo das redes. Foi o oitavo gol que o Santos tomou em duas partidas.


Neymar ainda tentou uma jogada individual, mas não havia tempo para mais nada. O resultado coloca um alerta no Santos e, provavelmente, na cabeça de Muricy Ramalho.

Ficha Técnica

Santos: Rafael; Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Ibson (Possebom), Elano e Ganso; Neymar e Borges - Técnico: Muricy Ramalho
Atlético-PR: Renan Rocha; Edílson (Wagner Diniz), Manoel, Fabrício e Paulinho; Deivid, Cléber Santana, Branquinho (Rodriguinho), Kléberson e Marcinho; Morro García (Edigar Junio) - Técnico: Renato Gaúcho
Gols: CAP: Cléber Santana, aos 4min e Manoel, aos 9min do 1º tempo; Marcinho, aos 45 do 2º tempo. SAN: Neymar, aos 12min do 1º tempo; Borges, aos 17min do 2º tempo
Cartões Amarelos: CAP: Edílson e Rodriguinho. SAN: Ibson, Elano, Neymar e Durval
Arbitragem: Marcelo de Lima Henrique
Local: Arena da Baixada - Curitiba, PR
Público Pagante: 18.908
Renda: R$ 445.610,00

3 comentários:

Felippe Scozzafave disse...

E consideram a Arena o estádio mais preparado para a Copa do Mundo..
Ridículo.. O campinho na frente de casa tem uma drenagem mais eficiente..

Anônimo disse...

Adorei ! Abordou e narrou muito bem os principais momentos da partida. E pra terminar o grito da torcida atleticana.. MOISÉS ! MOISÉÉS ! haha

Mauricio disse...

Uma nota anterior informava que Madson não poderia jogar por causa de um terceiro cartão amarelo.