Com parceiro ideal, gols de Neymar somem

Quando chegou no final de maio ao Santos, Borges era a esperança de que, enfim, o clube havia achado o parceiro ideal de Neymar. Afinal, desde a saída de André que o clube buscava alguém minimamente qualificado para jogar ao lado do camisa 11. Keirrison, Marcel e Zé Eduardo até tentaram ajudar o craque, sendo o último, titular da conquista da Libertadores 2011. Mas para o torcedor, mesmo com os títulos ganhos, a lembrança que ficou desse trio é a de gols perdidos e falta de empenho em campo.

E com o aval do técnico Muricy, Borges não decepcionou. "Ele faz muitos gols, põe a bola para dentro, tem força na área e conhece o ofício de centroavante. Acho que foi uma boa contratação", disse o treinador ainda antes da apresentação do atual artilheiro do Brasileirão.

Portanto, era esperado que o ataque do Santos, avassalador na temporada passada com 180 gols, voltasse a figurar entre os mais positivos do campeonato. A estreia da dupla foi animadora. Dois gols para cada na derrota para o Flamengo por 5 a 4. Mas ao final do primeiro turno, não é isso que os números mostram. Com apenas o 12º melhor ataque da competição, o Santos marcou 23 gols em 18 jogos, dez a menos que o Flamengo, líder no quesito. Desses, mais da metade (12) são do atual camisa 9 e apenas quatro de Neymar, vice-artilheiro da equipe.

E mesmo que a Jóia santista tenha jogado apenas oito partidas no campeonato, em 2011, sua média pouco lembra o ano passado quando foi artilheiro do país com 42 gols em 60 jogos. Somando apenas as partidas pelo Peixe, são 14 gols em 32 partidas. Ainda hoje, Neymar tantará melhorar essa marca na partida contra o Internacional, às 21h50.